segunda-feira, junho 19, 2006

Café Roma

Nada como o futebol para descontrair um pouco, antes de escrever sobre aspalestras do dia que acabei de assistir. Ontem, a torcida brasileira estava impossivel no Cafe Roma na hora do jogo contra a Australia. Nao sei como apareceu tanta gente vestida de verde e amarelo. Quando cheguei, nao tinha mais lugar nem em pe. So do lado de fora do bar, meio de lado para a telinha. Como sou daquelas torcedoras que presto alguma atencao mas nao tanto ao jogo, resolvi ir para o cafe ao lado que estava bem mais tranquilo. Quer dizer, mudei de torcida e fui para o lado errado da arquibancada. Quando percebi, ja era tarde. O garcon tunisino, acho eu, ja havia colocado na minha frente uma deliciosa tarte de pomme chaude com sorvete de baunilha e facil, facil, eu troquei esta delicia calorica pela outra, vamos dizer, mais aerobica. Mas jogo e jogo e quem nao faz, leva. Ao meu lado, os youngs portugueses eram entrevistados e eu, com um ouvido ca e outro la, tentava ver a outra dupla de craques youngs - o Ronaldinho e o Robinho - por tras de um vaso de plantas bem em frente ao televisor. O garcon provavelmente me colocou ali porque nunca iria imaginar que uma carioca poderia estar perdida na torcida errada. Mas, tudo bem. Ouvia os gritos da brasileirada (paulistas na sua grande maioria) de longe e, na hora do primeiro gol, a vibracao foi geral. Ai nao resisti e gritei tambem. Ao meu lado, alguns franceses e outros tipos de nacionalidade desconhecida me deram um sorriso de aprovacao e dali por diante, ficaram prestando a maior atencao no jogo e ate comecaram a torcer pelo timaco. Os youngs ao lado continuavam na entrevista e uma amiga, com a maior disposicao, enfrentava uma enorme taca de sorvete com calda de caramelo(delicia das delicias!). Vieram os lances perigosos, os dribles, as jogadas suspeitas e, por ultimo, o segundo gol. Gritos de novo e a torcida la bas, na maior animacao. Bem, depois do segundo gol, resolvi relaxar de vez a minha atencao. O jogo acabou e eu nem vi. So percebi quando a turma do verde e amarelo comecou a sair do Cafe vibrando. Naquele exato momento, pude sentir em plena Croissette, toda a alegria e a emocao que estava acontecendo no meu pais aqui tao perto e tao distante.

3 comentários:

Anônimo disse...

Olá olá tudo de bom para vc.Vimparar aqui e nem sei como.omo estou postando lhe queria pedir um favor perdi a senha desse blog e já tentei tudo e não resorvi.me de uma dica

Anônimo disse...

Marise, sou se fã, lindo texto

Anônimo disse...

Li sua nota no Blue Bus sobre 'nao tenham medo, a TV nao vai acabar' reportando a palestra da Carat. Fina ironia, muito bom mesmo, parabens.........