sábado, junho 16, 2007

Primeiros sinais


Depois de uma viagem tranquila sem maiores sobressaltos, a não ser o avião lotado e uma senhora que passou as duas horas e meia conversando sem parar com a amiga, chegamos. Eu e Charles, o computador. Bagagem no ônibus, mais trinta minutos até Cannes. A cidade é aquele charme de sempre. Gente, compras e muitos publicitários ainda perdidos com o mapa na mão, arrastando bagagens pelas calçadas. Hotel resolvido, está na hora de dar uma volta para reconhecer o pedaço, nunca sem antes passar pelo Palais em direção à Croissette. Por enquanto, tudo tranquilo. Vou fazer o meu credenciamento amanhã cedo e já pude notar que a sacola de papéis é bem menor este ano. O primeiro sinal de que a era digital finalmente se instalou no Festival.
O tempo está meio nublado, mas agradável. E com um sol que, quando aparece, queima. Alguns, bem ao estilo franceses em férias na Riviera, aproveitam para esticar as pernas e se recostar nas cadeiras de ferro do caminho. De olhos fechados e com um ar de que não estou nem aí, encaram corajosamente o astro rei. Como num desafio, repetem para si mesmo - espelho, espelho meu, quem é que este ano vai brilhar mais do que eu…

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